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Área de Intervenção

Os Comportamentos Aditivos e Dependências (CAD) são comportamentos com características impulsivas-compulsivas em relação a diferentes atividades ou condutas que envolvem o prazer, como as substâncias psicoativas (SICAD, 2013).
Segundo a NIDA (1999; citado por Barlow, 2009) existem 13 princípios para um tratamento eficaz nas adições com substâncias: não há um tratamento único que seja eficaz para todos os indivíduos; o tratamento deve estar disponível no imediato; o tratamento deve focar as múltiplas necessidades do indivíduo e não apenas o seu uso de drogas; o plano individual de tratamento e de serviços deve ser continuamente avaliado e modificado, segundo a necessidade, para garantir o atendimento das necessidades que se alteram do paciente; é fundamental a permanência em tratamento por um período adequado (no mínimo 3 meses); o aconselhamento (individual e/ou em grupo) e outras terapias comportamentais são componentes centrais do tratamento de adições; muitos pacientes necessitam de medicação, principalmente quando combinada com aconselhamento e outras terapias comportamentais; quando existe um abuso de drogas ou uma adição juntamente com outras perturbações mentais ambas as perturbações devem ser tratadas de forma integrada; a desintoxicação médica é apenas a primeira etapa do tratamento para a adição e, por si só, pouco faz para mudar o uso de drogas a longo prazo; o tratamento não tem de ser voluntário para ser eficaz; o possível uso de drogas durante o tratamento deve ser monitorizado continuamente; deve ser englobada a avaliação de VIH/SIDA, hepatite B e C, tuberculose e outras doenças infeciosas, e aconselhamento para ajudar os pacientes a modificar comportamentos que os coloquem em risco de infeção; a recuperação da adição de substâncias pode ser um processo de longo prazo e, muitas vezes, com vários episódios de tratamento.
Os CAD, como sendo um problema com muitas dimensões, devem ser tratados com muitos componentes, dirigidos a diversos aspetos particulares, bem como uma manutenção a longo prazo, devido às características crónicas e recidivantes da problemática. Assim, o tratamento não deve visar apenas a abstinência mas também o funcionamento produtivo na família, trabalho e sociedade, adaptando os recursos terapêuticos à pessoa e ao momento (Iglesias & Tomás, 2011).
Neste sentido o projeto Convívios Fraternos adota uma abordagem Biopsicossocial, onde os recursos terapêuticos se integram e articulam em momentos simultâneos ou sucessivos de acordo com o diagnóstico, as necessidades e capacidades do utente e da família ou envolventes e o seu prognóstico[1]. A atuação individual, grupal e familiar pretende, antes de mais, dar suporte e apoio psicológico ao residente. Esta intervenção passa também pela promoção e desenvolvimento de competências pessoais e sociais; promoção da autoconsciência e da consciência social; gestão de emoções (tolerância e frustração); estimular a tomada de decisão responsável; clarificar valores e crenças; apoiar o encontro de alternativas de comportamento adequadas às situações e partilhar estratégias que permitam lidar com a pressão.



[1] http://www.sicad.pt/PT/Intervencao/TratamentoMais/SitePages/ModelosRespostas.aspx

Área de Tratamento

O Projeto Terapêutico Convívios Fraternos Reconstruir, criado em 1994, é também uma tentativa de resposta para todos os jovens que enveredaram por caminho destruidor do uso de drogas e a ele recorrem.
Partindo do principio que as substâncias psicoativas, depois de criar dependências no seu consumidor, geralmente destroem a sua vida em todas as dimensões-(física, profissional, familiar, social e religiosa)- este projeto tenta progressivamente, ajudado por técnicos preparados e vocacionados para os problemas aditivos e usando terapias adaptadas e adequadas, visar não apenas a abstinência mas reconstruir a esperança e a alegria de viver restituindo o adito à vida normal.

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